Popularizados graças à promessa de baixo ou inexistente valor calórico por porção, os adoçantes tem sido largamente usados para substituir o açúcar em dietas restritivas ou de manutenção, diferentemente da intenção original, que era substituir a glicose vinda da cana-de-açúcar em dietas para diabéticos.
Esse uso massivo levantou uma questão: adoçantes fazem mal à saúde? Uma pergunta, e respostas nada fáceis. Vamos tentar chegar a elas.
Quais são os adoçantes que existem no mercado?
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Na verdade, existem diversos tipos de adoçantes (o açúcar também é um adoçante, espertinha, mas vou usar o termo para classificar o alimento que oferece sabor doce com pouca ou nenhuma caloria) e por isso vou dividi-los em adoçantes naturais, extraídos de plantas em sua imensa maioria, e adoçantes artificiais.
- Adoçantes naturais: sacarose, frutose, lactose e estevosídeos estão entre os mais populares.
- Adoçantes artificiais: ciclamato, sacarina, acessulfame, aspartame e sucralose são os mais conhecidos.
Quais destes adoçantes fazem mal à saúde?
Li, reli, pesquisei e só há uma certeza até agora: não há um consenso sobre o quão prejudicial pode ser o consumo de adoçantes em larga escala. O que se sabe de concreto sobre alguns destes adoçantes, principalmente os artificiais, é o seguinte:
- O ciclamato tem produção e venda proibidas nos Estados Unidos, França, Japão e Inglaterra, graças a seu potencial cancerígeno se consumido em grandes quantidades. E quando se diz “grandes quantidades”, significa grandes MESMO, tipo mil latas de refrigerante em um dia.
- A sacarina tem produção e venda proibidas no Canadá e na França. Assim como o ciclamato, sua proibição advém da quantidade de sódio presentes nestes adoçantes. A OMS (Organização Mundial da Saúde) tem o sódio em péssima conta graças à propensão que ele tem em causar hipertensão.
- Mesmo os adoçantes ditos “seguros” como o acessulfame, que tem poder de adoçar 200 vezes maior do que o açúcar, e a estévia podem ser maléficas se consumidas em excesso.
Como consumir adoçantes de forma saudável?
A Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Dietéticos estudou e viabilizou um cálculo para o consumo seguro de adoçantes baseado no peso corporal. As quantidades abaixo são para consumo diário, seguindo a proporção miligramas por quilo (mg/kg). Acompanhe:
- Estévia: 04 mg/kg.
- Sacarina: 05 mg/kg.
- Ciclamato: 11 mg/kg.
- Sucralose: 15 mg/kg.
- Acessulfame: 15 mg/kg
- Aspartame: 40 mg/kg.
E a dica final continua a mesma: consulte seu médico. Peça a ele exames para saber quais adoçantes são os melhores para sua dieta. Seja responsável pela sua saúde.